III Conferência Estadual de Cultura: números evidenciam mobilização do segmento

Em apenas três edições o evento cresceu consideravelmente em termos de participação, e em 2013 contabiliza a participação de 370 delegados (confirmados até o dia 29 de agosto), demonstrando os resultados da mobilização que se iniciou em 2005, e conseguiu envolver todas as regiões do estado.

Em junho de 2013, com a publicação da portaria de constituição da Comissão Organizadora da III Conferência Estadual de Cultura, aconteceu a definição oficial da equipe  que formataria o evento em si.

Foram chamados representantes do Executivo (Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte – SOL, Fundação Catarinense de Cultura – FCC e Conselho Estadual de Cultura), dos municípios (Conselho de Gestores Municipais de Cultura de Santa Catarina – CONGESC, e Federação Catarinense de Municípios – FECAM) e da sociedade civil, nomeados para cumprir uma extensa programação que incluiu a elaboração do Regimento da Conferência Estadual, definição da data, local, pauta e programação do evento, validação das etapas municipais e intermunicipais e sistematização de seus relatórios.
Mas o que se vê agora, com a proximidade do evento, comprova que a mobilização em torno das discussões sobre o estabelecimento das políticas públicas para a área da cultura é resultado do amadurecimento dos gestores e da comunidade cultural como um todo, que vem sendo ampliada desde 2005, quando o Ministério da Cultura  convocou e realizou a I Conferência Nacional de Cultura.
Naquele ano, um pequeno grupo de delegados catarinenses voltava de Brasília  empolgado com tudo o que se havia debatido lá – criação e processo de adesão ao Sistema Nacional de Cultura, definição e instituição de políticas de estado para a área, composição e funcionamento de conselhos de política cultural, etc – e a disseminação da empolgação foi um processo natural. Já na segunda Conferência Nacional, em 2010,  a delegação catarinense era de 43 delegados, empolgados ainda, mas sem dúvidas cada vez melhor instruídos a respeito do rumo e dos conceitos das políticas de Cultura.
EM 2013, INTERESSE E PARTICIPAÇÃO
AMPLIADOS NA CONFERÊNCIA ESTADUAL
Mobilização, articulação e troca de experiências foram as palavras-chave no processo de construção da Conferência Estadual. Esses elementos foram fundamentais para o resultado que se desenha em 2013, quando praticamente todos os municípios do estado discutiram a cultura em conferências municipais e intermunicipais.
Em novembro de 2005, na primeira edição, o processo de conferências de cultura em Santa Catarina envolveu a realização de apenas uma conferência municipal (na Capital do estado) e oito conferências regionais coordenadas pelo Governo Estadual (sediadas em Criciúma, Itajaí, Blumenau, Joinville, Joaçaba, Chapecó, São José e Lages), que resultaram na eleição de 144 delegados (120 da sociedade civil e 24 do poder público).
De acordo com os relatórios da segunda edição da Conferência Estadual , que aconteceu em 2009, foi registrado um “crescimento vigoroso da democracia participativa no setor cultural”, e aconteceram 85 conferências, entre municipais e intermunicipais, envolvendo cerca de  5 mil participantes e elegendo cerca de 240 delegados. Oficialmente, a II Conferência Estadual de Cultura reuniu 420 participantes, sendo 235 delegados, e foi marcada pela alta representatividade das regiões e municípios de todo o estado. Foi apontada como o maior evento cultural de Santa Catarina no ano de 2009.
Em 2013 as perspectivas são animadoras: de acordo com os relatórios publicados pela Comissão organizadora em 29 de agosto, serão cerca de 370 delegados, entre representantes governamentais e da sociedade civil, eleitos em 61 conferências municipais e 29 intermunicipais. Esse números projetam um crescimento considerável em termos de  representatividade alcançada na edição anterior, tanto em participação quanto na apresentação de propostas.