A manhã do terceiro e último dia de Pré-Confecom foi toda voltada para o trabalho em grupo e a retirada de propostas para a intervenção na Conferência. O evento apontou que há que se romper com o silêncio e instigar a sociedade ao debate sobre a real necessidade de democratizar os meios de comunicação. A CUT deve usar sua força para articular os movimentos sociais na Confecom.
Além disso, deve-se fazer alianças com os representantes políticos como forma de estratégia sobre o Poder Público. A partir dessas constatações, três dimensões precisam ser trabalhadas: 1) Princípios do sistema de comunicação brasileiro: público e com controle social; 2) Estrutural: ampliar o sistema público para alterar a estrutura, com supremacia do modelo público, não em tamanho, mas em porcentuais. 3) Questões instrumentais que podem ser moeda de troca com o capital. Ex: a regionalização da produção que já está contemplada em Lei; limitação da atuação de área em rede; controle de conteúdo; direito à informação. É imprescindível contemplar a pluralidade com unidade. O movimento deve adotar um processo de luta, informação, mobilização e negociação.
O grupo de trabalho apontou para a ampliação do debate nas Comissões Estaduais Pró-Conferência sobre as propostas em andamento do regimento interno da Conferência, a fim de subsidiar os representantes do campo popular na Comissão Organizadora.
Outra proposta sugerida por vários participantes foi a discussão do tema nos congressos da CUT em mesa própria para envolver os trabalhadores no processo e pensar novas formas de comunicação.
Também foram colocadas as seguintes propostas: A utilização das regionais das CUT’s estaduais como instrumento aglutinador dos movimentos sociais para intervenção na Conferência; a promoção de eventos e confecção de materiais para mobilizar a sociedade civil; ocupar todos os espaços de discussão sobre a Confecom; fortalecer e ampliar as rádios comunitárias; e articular na defesa de proposta que apontem para mudança na atual estrutura e avancem na democratização.