Pontão Ganesha participa do 2º Congresso Ibero-americano de Cultura

O Pontão Ganesha participou do 2º Congresso de Cultura Ibero-Americana, que aconteceu entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo. Com o tema “Cultura e transformação social” o evento reuniu Pontos e Pontões de Cultura de todo o país, além de autoridades da área da cultura de 22 países da América Latina e Península Ibérica. Também estavam presentes os ministro da cultura do Brasil, Paraguai, Espanha, Chile, Colômbia, Equador, Bolívia e Venezuela.

O objetivo do encontro foi de promover o intercâmbio de conceitos e práticas que possam contribuir para o fortalecimento de políticas públicas na área da cultura que desemboquem no desenvolvimento econômico e social desses países.

A experiência brasileira do Cultura Viva foi vista como exemplo de política pública por representantes dos governos que participavam do congresso. Apesar dos elogios ao programa, o ministro da cultura do Brasil, Juca Ferreira, disse que ainda não há garantias que as ações se tornem políticas efetivas por conta das trocas de governo: “Existe uma descontinuidade no ministério mas o estado brasileiro está amadurecendo”, explica. Em contrapartida, o ministro comemora a conquista do Plano Nacional de Cultura (PNC): “Independente de governo, o Plano vai dar estabilidade à cultura no país”, ressalta.


Para Sérgio Mamberti (foto dir), da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural, afirma que toda a pauta parlamentar está voltada para a consolidação dos Pontos de Cultura e Ação Griô: “Existe no ministério uma política de institucionalização do processo cultural para transformar as ações do Cultura Viva em políticas públicas. Essa é uma realidade que não pode mais ser ignorada”, completa.

Edson Santos, ministro da igualdade racial, acredita que o papel do governo é estimular a sociedade civil a se organizar e se mobilizar pelos objetivos de cada segmento. Para acabar com a desigualdade racial, o ministro conta que tem conversado com lideranças do movimento negro para que eles continuem na luta por direitos iguais, especialmente na questão religiosa: “No caso da televisão, o espaço de comunicação é do poder público, é uma concessão e deve ser facultadaa todas as correntes religiosas. Por que não há canais que expressem ideais das concepções da matriz africana? É preciso fixar espaços para essas correntes religiosas tão perseguidas”, finaliza.

Por: Juliana Bassetti – jornalista do Pontão Ganesha