As revelações do whisttleblower Edward Snowden nos forneceram detalhes perturbadores e a confirmação de alguns dos nossos piores temores sobre as práticas de espionagem da NSA e de seus parceiros. Juntamente com agências parceiras de pelo menos cinco países de língua inglesa (Os Five Eyes), a NSA têm construído uma infraestrutura de vigilância global para “dominar a internet”. Com acordos sigilosos, operam à margem do Estado de Direito para varrer o conteúdo de comunicações eletrônicas em todo o mundo, no Brasil, inclusive.
Entre muitas outras práticas, estão minando os padrões básicos de criptografia, espalhando malwares em computadores e ameaçando a própria espinha dorsal da Internet para recolher informações em massa de milhões de pessoas que nem são suspeitas de nenhum crime.
Mas não vamos deixar que a NSA e os seus cinco aliados arruinarem a Internet. E, pensando no contexto Brasileiro, também não vamos deixar que violações ao direito à privacidade e práticas de vigilância na rede ameacem protestos e manifestações legítimas de liberdade de expressão.
O dia 11 de fevereiro, será o Dia Que Contra-atacamos, e em um movimento global vamos exigir um fim à vigilância em massa feita por qualquer país, em qualquer estado, independente de fronteiras ou políticas.
Nós podemos definir uma data, mas precisamos de todos vocês, usuários da Internet, para fazer disso um movimento. Os protestos contra a SOPA e o ACTA foram bem sucedidos, porque todos participamos, e como Aaron Swartz colocou:
“Durante os protestos contra o SOPA e PIPA, fomos o herói de nossa própria história”
Chegou a hora mais uma vez de defendermos nossos direitos usando a rede.
Como participar do esforço:
1. Assine e divulgue os 13 Princípios que explicam porquê a vigilância em massa é uma violação dos direitos humanos. No dia em que contra-atacamos queremos que o mundo assine esses princípios para mostrar aos líderes mundiais que a privacidade é um direito humano e deve ser protegida, independente de fronteiras.
2. Crie: Desenvolva memes, ferramentas, websites, e faça tudo que puder pra encorajar outros a participar e mande para gente que ajudamos a replicar nas redes. Se precisar de inspiração, utilize nossa Central de Recursos, tudo por lá é livre para você remixar ou replicar.
3. “Sharig is Caring”: Use todas as ferramentas das midias sociais, queremos fazer o maior barulho possível. Queremos que essa seja uma campanha global de verdade, com o envolvimento de todos os países. Quanto mais pessoas aderiem, mais os líderes mundiais ouvirão nosso pedido pra interromper a espionagem em massa nos domicílios e em outros países. A hashtag internacional será #thedaywefightback. Se quiser, pode utilizar algumas das sugestões de //tuítes// da rede internacional e da rede do Brasil
4. Não se esqueça da pauta nacional: pressione interaja nas rede com conteúdos pela aprovação de um #MarcoCivil da Internet que assegure os direitos à privacidade e liberdade de expressão; demande do nosso governo que o Ante-Projeto de Lei de Dados Pessoais seja encaminhado ao Congresso Nacional,
5. E-mail: Se você precisa de uma desculpa pra contatar seus membros ou colegas sobre esse tópico, o dia 11 de fevereiro é perfeito pra pedir que eles contatem os políticos locais a respeito de espionagem na Internet, encorajá-los a iniciar suas próprias ações e entender a importância de lutar contra a vigilância em massa.
6. Vá além: planeje suas próprias ações e se comprometa com elas. Vá às ruas. Promova os Princípios no seu próprio país. E aí, conte seu plano pra gente, pra podermos linkar e retransmitir seus esforços.
Seguir todas as 6 (ou mais!) dicas seria ótimo, mas honestamente o movimento fica mais forte com qualquer coisa que você fizer. E acima de tudo, vamos nos divertir criando esse movimento!
Para saber todas as organizações que já estão articuladas em todo o mundo, acesse a página principal da campanha The Day We Fight Back.