A concentração para a tradicional caminhada que reúne os participantes do FSM começou às 15h30, ao lado do Mercado Público, no centro de Porto Alegre.
As pessoas foram chegando aos poucos, e logo os grupos com suas camisetas coloridas, balões e bandeiras, tomaram conta do espaço e, às 17h30 – horário marcado para o início da caminhada – os participantes já eram cerca de 30 mil, segundo os organizadores.
Impossível não chamar atenção dos apressados porto-alegrenses e, literalmente, parar as ruas pelas quais a Marcha avançava.
Ali, mais do que em qualquer outro lugar, havia espaço para se mostrar ideias e ideais, fossem eles políticos, sociais, religiosos ou ambientais. E eles estavam à vista de todos. No alto dos carros de som, animadores discursavam e gritavam palavras de ordem. No chão, os participantes animados respondiam ao que talvez nem escutassem, balançando bandeiras, cantando e sorrindo.
Como sempre, grupos que representam mulheres, negros e idosos dividiam espaço com ambientalistas, militantes políticos e GLBTs.
Pode até ser verdade que quem já viu uma Marcha no FSM, já viu todas. Mas também é verdade que, a cada nova Marcha, a emoção dos participantes conquista quem tem a certeza que as marchas são todas iguais.
A caminhada percorreu a avenida Borges de Medeiros, seguiu pela Aureliano Pinto de Figueiredo e avançou pela Beira Rio, até chegar à Usina do Gasômetro, onde aconteceram os shows que marcaram o primeiro dia do 10° Fórum Social Mundial.