Joinville realiza sua 3ª Conferência Municipal de Cultura

Na noite de sexta-feira (14/10), durante a abertura da 3ª Conferência Municipal de Cultura de Joinville, o município formalizou sua adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), ao assinar a Carta de Intenções que sela o acordo entre governos federal e municipal. Com isso, passa a integrar o pequeno grupo de municípios catarinenses que já finalizaram esse processo de adesão, e dá um importante passo para a viabilização de convênios e acordos, o que permitirá, por exemplo o repasse de valores de fundo a fundo.
 

A Conferência – que termina hoje (16/10) com a realização da Plenária Final – vai definir estratégias para a execução das diretrizes do Plano Municipal de Cultura (o PMC é uma das exigências do Governo Federal para a assinatura do acordo).

 

De acordo com Silvestre Ferreira, presidente da Fundação Cultural de Joinville, o Plano estabelece ações bem abrangentes, que contemplam gestão, infraestrutura da área cultural, linhas de financiamento e acesso e acessibilidade. “Neste último quesito queremos garantir que um número maior de pessoas tenha acesso à cultura”, explicou Silvestre.

 

Logo após a assinatura do Convênio, João Roberto Peixe, secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (MinC), falou sobre o SNC, destacando a condução do processo de adesão em Joinville, onde, segundo afirmou, “não foi assinada simplesmente uma carta de intenções, mas sim um acordo de intenções já em execução”.

 

Ontem pela manhã aconteceu a leitura e aprovação do Regimento da Conferência, e na sequência Silvestre Ferreira e Ilanil Coelho, presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Joinville, apresentaram um histórico do Plano Municipal, que tem como tema “Democratização das Políticas Culturais e do Exercício da Cidadania”. De acordo com a presidente do CMPC, esse histórico culmina nesta 3ª Conferência, quando acontece a apreciação púbica da minuta das propostas gerais do PMC.  “Durante a Conferência estaremos estabelecendo estratégias, e precisamos ter claro que estamos discutindo um plano político, que será implantado e praticado pela administração pública, independente de quem esteja no governo. Nosso trabalho será complexo e importantíssimo”, explicou.

 

Encerrando as atividades na parte da manhã, Luciana Guilherme, diretora de Empreende-dorismo, Gestão e Inovação da Secretaria de Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC), falou sobre as Políticas Públicas para a Economia da Cultura no Brasil, e anunciou, entre outras coisas, a criação do Observatório Nacional de Economia Criativa.

 

Luciana chamou atenção para a necessidade de se esclarecer e divulgar conceitos relativos à economia criativa para que se entenda, a partir de então, o que significa o termo e qual modelo de economia criativa pode ser aplicado no Brasil. “O brasileiro tem uma fama de ser criativo, mas como podemos transformar essa criatividade em oportunidade de realização, de trabalho? A resposta está na inovação. Inovação de processo e de produto”, destacou  Luciana

 

 

 

Discussão por eixos

 

Na parte da tarde, os participantes colocaram, efetivamente, a “mão na massa”, ao realizar, em grupos menores, a leitura de cada uma das diretrizes do Plano Municipal de Cultura, dividido por eixos temáticos.

 

Embora cada grupo tivesse autonomia para estabelecer sua metodologia básica de ação, em todos, o foco da atividade era a conceituação e definição das estratégias para a execução das propostas apresentadas, além das metas de realização a curto, médio e longo prazos.

 

Enquanto alguns grupos promoveram a leitura conjunta de cada item, seguida de discussão e elaboração do texto das estratégias, outros preferiram trabalhar em sub-grupos, buscando alternativas para um  melhor rendimento no processo de construção conjunta.

 

O Plano é dividido em seis eixos (Exercício dos Direitos Culturais / Desenvolvimento da Economia Criativa / Qualificação Democrática da Gestão Cultural / Manutenção do Sistema de Fomento / Qualificação da Infraestrutura para a Cultura e as Artes / Estratégias para Formação em Cultura), cada um deles trabalhando com a abrangência possível em sua especificidade. Justamente por isso, o trabalho proposto para a tarde de sábado foi bastante complexo, além de fundamental para o fechamento do processo de construção e discussão do Plano Municipal de Cultura de Joinville.

 

O que estava previsto para terminar às 18h00, avançou, em alguns eixos, até as 20h00, e na manhã de domingo constatou-se que os grupos estavam em situações diferenciadas: alguns cumpriram a meta totalmente, outros parcialmente, e houve quem ficasse apenas na primeira estratégia.

 

A programação para a manhã de domingo é a leitura e discussão dos documentos preparados por todos os eixos, além de tomar as decisões sobre os encaminhamentos possíveis para o que não foi, ainda, finalizado.