NOVO CONSELHO
A última atividade oficial da III Conferência Municipal de Cultura de Florianópolis, no início da noite de terça-feira foi a eleição dos novos conselheiros da sociedade civil do CMPC, que registrou um percentual elevado de renovação, além da inserção de novas cadeiras, como Cultura Digital e Moda e Design. Confira a lista dos representantes de cada área. Os nomes dos representantes do poder público ainda não foram indicados pelo Superintendente da FCFFC, Rodolfo Pinto da Luz.
Uma homenagem especial, preparada pelos antigos e novos conselheiros, deixou registrado o reconhecimento ao trabalho desenvolvido por Marta César, que presidiu o Conselho Municipal de Politicas Culturais (CMPC) durante seu primeiro biênio de atuação, e conduziu o processo de elaboração do Plano Municipal de Cultura.
AS MESAS
Construir uma política para a cultura local não parece ser uma tarefa fácil, especialmente considerando-se falas relacionadas ao caráter multicultural que se percebe na paisagem c ultural da capital.
Na mesa sobre “Memória” (mediada pelo arquiteto e urbanista Dalmo Vieira, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN), por exemplo, o antropólogo Eugênio Lacerda insistiu que essa variedade precisa ser considerada pela gestão pública. “O Plano Municipal de Cultura deve mostrar as contradições deste tecido cultural, filtrar estas contradições”, afirmou, lembrando que a paisagem cultural permite ações transversais com o Plano Diretor do município, por exemplo.
Apesar da variedade de segmentos representados na sala em que se discutia “Integração e Transversalidade”, o mediador Alfredo Manevy, professor de Cinema da UFSC, não teve dificuldades em agregar as propostas, que convergiam para temáticas semelhantes. Também naquele espaço, o Plano Diretor foi citado, especialmente relacionado a propostas que buscam facilitar o acesso da população a equipamentos e iniciativas culturais.
Na mesa sobre “Inovação”, as questões levantadas deixaram claro que as mudanças desejadas vão muito além do viés tecnológico, colocando em pauta questões políticas, humanas e simbólicas. A partir desta mesa, aliás, foi lançada uma moção de repúdio dirigida ao Conselho Municipal de Cultura pela não realização do Edital de Cultura Digital em 2012.
Durante os dois dias da Conferência, o Pontão Ganesha de Cultura Digital coordenou uma experiência de cobertura colaborativa do evento, que mobilizou representantes de pontos de cultura para a produção de textos e fotos, publicados no blog dos pontos. Essa atividade contou com a parceria do coletivo Fora do Eixo, responsável pela cobertura fotográfica do evento.
(Fotos: Coletivo Sem Fronteiras)