Franklin Cascaes

Homenagem ao artista e pesquisador terá 30 dias de artes visuais, música, teatro, literatura, cinema

 
Pela primeira vez na história de Florianópolis, de 16 de outubro a 14 de novembro, a área de maior concentração de pessoas da cidade – o Terminal de Integração do Centro (TICEN) – será ambientada para receber uma mostra da diversidade da obra de Franklin Cascaes: exposição de 32 reproduções de esculturas, 26 desenhos, 10 manuscritos, exibição de quatro filmes sobre ele e sua obra, oficina e aulas de desenho, cinco shows musicais em diferentes pontos da cidade e 16 apresentações teatrais se somarão às interferências como distribuição de panfletos com benzeduras, simpatias e histórias dos escritos de Cascaes. Tudo isto faz parte da programação do projeto Cascaes 100+1.
 
Com toda a programação gratuita e um público estimado em mais de um milhão de pessoas, este projeto da Associação dos Amigos do Museu Universitário é produzido pela Exato Segundo Produções Artísticas, com o patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina e da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte através do Funcultural. As ações contam ainda com a parceria da Universidade Federal de Santa Catarina via Secretaria de Arte (SecArte) e do Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral; da Fundação Catarinense de Cultura; da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e da Secretaria de Educação de Florianópolis. O projeto tem o apoio da COTISA, da Rádio CBN Diário, da Cinemateca Catarinense e do grupo Teatro em Trâmite.
 
“Em princípio pensamos numa mostra inteiramente de rua, com a distribuição de textos e imagens de Cascaes em panfletos para serem levados para casa. Depois aprofundamos este aspecto público e chegamos ao TICEN, local com maior circulação de pessoas por dia em Florianópolis. Cascaes em Trânsito é, portanto, uma exposição pública e panfletária em homenagem aos 101 anos de nascimento de Franklin Joaquim Cascaes (1908-1983)”, resume o curador e co-produtor da exposição, Fernando Boppré.
 
Para Guto Lima, produtor executivo, este projeto “dará uma gigantesca visibilidade às obras e ao próprio Cascaes, mas também é uma forma de devolver à população da Grande Florianópolis os registros culturais feitos por Franklin Cascaes ao longo de tantos anos”. Ele lembra que a idéia do evento começou a ser trabalhada ainda em 2007, para o que deveria ser uma celebração pelo centenário de nascimento de Cascaes em 2008 mas, ainda em 2005, a Associação dos Amigos do Museu Universitário Prof. Oswaldo Rodrigues Cabral já nascia precisamente com este propósito. Nesta época, lembra Bebel Orofino, “Gelci José Coelho, o Peninha, foi a pessoa que nos recebeu no Museu para a criação da AMU para que pudéssemos montar esta programação e, hoje, ele é também consultor do projeto”. Entretanto, a falta de recursos pelo Funcultural obrigou os produtores a adiarem o evento para este ano mas, de lá para cá, o evento ganhou muito em criatividade.
 
Só na parte musical, o projeto Festa pra Cascaes! programou para a bertura no dia 16, no jardim do Palácio Cruz e Sousa, das 12 às 14 hs, show da banda Frankolino, formada por Denise de Castro, Marcelo Muniz, Baixinho, Jorge Lacerda, Silvia Beraldo, Carlos Augusto Vieira e Chico Thives, com convidados especialíssimos como Valdir Agostinho, seu Frankolino, e dona Bilica e seu Maneca. Das 17 às 19h sobem ao palco Gentil do Orocongo e Trio do Engenho seguidos pela banda Frankolino e a convidada Claudia Barbosa. No repertório, músicas populares e composições que abordam Franklin Cascaes e sua obra. Além disso, haverá shows itinerantes todos os sábados às 17h na Lagoa da Conceição, Ribeirão da Ilha, Pântano do Sul e Santo Antônio de Lisboa (ver programação em anexo).
 
Assim, a celebração Cascaes 100+1 inclui a mostra Cascaes em Trânsitocom curadoria de Fernando Boppré e Bebel Orofino, interferências com mediação cênica com a Cia. Teatro em Trâmite; os shows musicais do projeto Festa pra Cascaes!, com produção de Airton Perrone; exibições de filmes, apresentação da peça Causos de Frankolino com Andréa Rihl; aulão sobre a obra de Cascaes com Gelci Coelho (Peninha); oficinas de aviõezinhos de papel com Maurício Muniz, e aulas de desenho com o artista plástico Diogo de los Campos. No total, nos 30 dias de evento serão desenvolvidas cerca de 50 atividades diferentes.
 
Mais que oportuno, o evento, apesar de adiado por um ano, será a tão esperada e merecida homenagem da cidade ao seu mais popular escritor e relator de memórias. Como observa a curadora Bebel Orofino “Não é saudosismo reiterar a importância da obra de Cascaes, trata-se de discernir a particularidade estética e cultural de sua produção e compreender sua ousadia e vanguarda ao retratar as classes populares em seu cotidiano aqui no litoral de Santa Catarina”. De acordo com ela, 100+1 pretende “fazer eco ao seu discurso profético quando alerta para a especulação imobiliária, que pode tudo destruir se não assumirmos o compromisso de novas narrativas, assim como suas vacas-tatá a parir novos bezerros e as bruxas a coletar estrelas para semear um futuro um tanto obscuro”.
 
 
 
 
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