A falta de políticas públicas em prol do software livre e da participação social no Brasil nortearam o painel realizado no primeiro dia do 14º Fórum Internacional de Software Livre (fisl14) deste ano. Para discutir o tema, o evento contou com o Secretário-Geral da Presidência da República, Pedro Pontual, e o professor Nelson Pretto, da Universidade Federal da Bahia.
Para os debatedores o movimento Software Livre deve atuar na horizontalidade da produção de conhecimento, primando pela construção coletiva. No entanto, o educador Nelson Pretto afirmou que o Brasil está escasso de políticas públicas que tenham continuidade, que desenvolvam e difundam o acesso ao software livre no País.
Além disso, foi discutido durante o painel a necessidade de repensar a forma de atuar. Pedro Pontual sinalizou que política pública se constrói a partir da participação social. Neste contexto, o também educador, afirmou ser importante canalizar a demanda e a mobilização do movimento em um processo ordenado voltado para a transformação dos processos. “Esta mudança envolve de maneira democrática todos os atores e sujeitos interessados, a fim de construir pautas e monitorar os resultados”, afirma Pontual. Até o final de 2014, o Governo Federal prevê realizar 12 conferências sobre a transformação das políticas públicas com o objetivo de introduzir a tecnologia no debate.
O 14° Fórum Internacional Software Livre segue até o dia 06 de julho, no Centro de Eventos da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681), em Porto Alegre. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.fisl.org.br
Sobre o Fórum Internacional Software Livre (FISL)
O Fórum Internacional Software Livre (FISL) acontece desde o ano 2000 – chegando em sua 14ª edição. É considerado o mais consolidado evento da área na América Latina e um dos maiores do mundo. Fundado nos ideais construídos inicialmente pelo físico e programador Richard Stallman e, posteriormente, pela comunidade de hackers e desenvolvedores do sistema operacional GNU/Linux, o FISL surgiu de uma mobilização em prol da luta pela liberdade e autonomia tecnológica do país. O evento é o momento de encontro físico de muitas pessoas de diversas partes do mundo que se conhecem e trabalham apenas pela internet em projetos das mais variadas temáticas. A comunidade de usuários é o coração do fisl e interage com diversos outros setores da sociedade, como a academia, profissionais, empresas, investidores, governos e sociedade civil.
Fonte: Enfato multicomunicação – Fisl14