Entrevista com a ministra: Dez meses de gestão e muitos programas sendo implementados. O foco é o cidadão

Após visitar as instalações do Espaço Mais Cultura inaugurado em Florianópolis, a ministra Ana de Hollanda demosntrou disposição para falar sobre as ações e programas desenvolvidos pelo Ministério da Cultura (MinC) nos últimos meses.

“Passamos um bom tempo num processo de estruturação, realizando mudanças na equipe e fazendo levantamentos de pendências.  Aos poucos vamos lançando os nossos programas, que estão mostrando a cara deste ministério”, explicou.

De acordo com a ministra, o MinC não é um ministério de grandes ações, mas sim o que ela prefere chamar de ministério estruturante,  que busca a sustentabilidade  dos agentes culturais. Foi com esse objetivo, por exemplo, que em sua gestão a ministra optou pela criação da Secretaria de Economia Criativa, seguindo uma tendência observada em cada vez mais países. “Várias nações têm demonstrado essa preocupação com a economia e com o mundo da cultura. Queremos que o artista viva da sua profissão, e isso é perfeitamente possível se o trabalho for bem estruturado. O profissional pode encontrar estabilidade no mundo da cultura”, defendeu Ana de Hollanda.

Para ela, a Secretaria da Economia Criativa é um dos pilares do ministério, sendo, inclusive, responsável pela definição de algumas prioridades entre as ações implementadas.
 
E é em busca de subsídios que possam auxiliar na garantia da sustentabilidade das atividades da área cultural que o MinC  estabeleceu convênios com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). “Faço questão de frisar que o MinC não trabalha sozinho”, disse a ministra.
 
Questionada a respeito da continuidade do programa Cultura Viva, a ministra Ana de Hollanda  lembrou que já em seu discursos de posse fez questão de frisar sua importância. No momento, segunda afirma, o ministério já pagou todas as pendências herdadas da administração anterior e está “buscando caminhos”. “Queremos saber o que está dando certo e  o que não funcionou no programa, através do diálogo constante com as comunidades que objetiva construir programas específicos que atendam às necessidades de cada localidade”, explicou.
 
Citando um exemplo do atendimento das demandas locais, a ministra citou o caso dos perfis diferenciados de cada Espaço mais Cultura. Em Florianópolis, foi pedido um espaço digital voltado para a animação, reforçando uma tendência local, e, principalmente, do público jovem.
 
Segundo Ana de Hollanda, o ministério tem, hoje, uma serie de programas e ações voltados à com esse foco, e não há como não considerar a Cultura Digital como uma área prioritária no MinC.
PARA FINALIZAR
Questionada a respeito do que pode ser considerado como marca de sua gestão a ministra encerrou reforçando uma proposta de manter o foco nas necessidades do cidadão. “De certa forma estamos trabalhando, sim, com a descentralização e  com a pulverização, mas de uma forma mais estruturante, seguindo uma linha. Descentralizar e pulverizar, sim, de uma forma democrática mas organizada, porque senão não consegueriremos desenvolver o trabalho que desejamos”.