O Sapiens Parque e a Alquimidia.org se uniram à Fundação Telefônica para promover o Ciclo do Novas Profissões em Florianópolis, a única cidade do Sul do País escolhida para receber o encontro.
A proposta do ciclo é estimular uma mudança de comportamento a partir da reflexão sobre as possibilidades de cada participante. “Promovemos apenas o início de um processo, pois acreditamos que para realizar mudanças não são necessárias empresas ou organizações, mas sim pessoas com vontade e coragem. A mudança é singular. É um indivíduo, que em algum lugar, faz alguma coisa para mudar o mundo”, declarou Françoise Trapenard, diretora-presidente da Fundação Telefônica.
De acordo com Françoise, a Fundação decidiu realizar o Ciclo para promover uma conversa transversal, onde fosse possível observar a diversidade da cultura brasileira. Por isso, a regionalização dos encontros seria a melhor – senão a única – forma de se conseguir isso. “Se não fosse desta maneira, não teríamos um retrato do Brasil, mas sim de uma cidade específica”, disse.À medida em que os encontros vão acontecendo (e sendo transmitidos pela internet), as impressões e resultados são publicadas na rede, possibilitando, aí sim, um grande retrato das tendências, demandas, dúvidas e experiências sobre o assunto, provenientes de todo o País. As diferenças são tão grandes, que de acordo com Françoise, os três encontros até agora realizados foram diferentes uns dos outros. “O Brasil é assim, cheio de diferenças e especificidades”, explica.
METODOLOGIA DO ENCONTRO
Reúna várias pessoas (a grande maioria nem se conhece) em um mesmo ambiente e lance uma pergunta no ar, pedindo que conversem sobre suas vidas. Difícil? Não necessariamente, desde que se tenha um método adequado de iniciar a motivar a troca de ideias.
Quem conduz o processo é Luiz Algarra, curador do Ciclo e facilitador dos encontros presenciais, que sugere uma dinâmica especial ao bate-papo (sim, o evento é um grande bate-papo), possibilitando total interação entre os presentes. “Não pensem que vamos chegar ao fim do dia com uma grande conclusão. Estamos falando do novo, e o novo é aquilo que nos transforma. Por isso, não temos uma receita acabada do que vai acontecer aqui”, disparou Algarra logo no início do processo.A partir de um grande grupo – onde as pessoas haviam escolhido onde sentar – Algarra propôs várias trocas de lugares e lançava tópicos para conversa. Os grupos eram constantemente “misturados”, e ao final, quase todas as pessoas já tinham compartilhado a mesa com os outros presentes.
O resultado, de acordo com Françoise, é que as pessoas têm contato com várias e diferentes idéias, e saem do encontro “nutridas”, com o olhar aguçado para perceber o que acontece ao redor e, mais importante, conscientes de seu potencial de transformaçãos de suas próprias realidades. “Isso para começar!”, comemora.
EM FLORIANÓPOLIS
Satisfeita com a terceira edição do Ciclo, Françoise chamou atenção para a idade da maioria dos presentes. “Vi muita gente jovem, disposta a discutir e de forma qualificada”.
Ela credita isso ao fato de Florianópolis ser um destacado pólo tecnológico, que provavelmente estimula a consciência sobre o tema.
Marcelo Bittencourt, gerente regional da Vivo para Santa Catarina, acrescentou que o fato de a discussão ter dado destaque à educação, formação e preparo profissional evidencia que no que se refere às novas profissões, o mundo virtual reflete o mundo material, com a vantagem de que a internet não tem fronteiras ou preconceitos. “Você precisa ser profissional e estar preparado, ser competente no que faz”.
“Floripa é um celeiro de novas ideias, e por isso tem gente muito antenada com o que está acontecendo, especialmente sobre essas novas profissões”, finalizou Françoise.