Na sequência da fala da Deputada Luiza Erundina, que abriu o seminário na tarde de terça-feira (18/09), o professor José Márcio Barros fez uma apresentação com viés antropológico, classificando a ligação entre comunicação e cultura como uma relação recortada por paradoxos.
Para José Márcio, que é coordenador do Observatório de Diversidade Cultural, este também é um assunto que precisa ser visto como uma questão política, e é preciso vislumbrar alternativas, uma vez que já se tem conhecimento de experiências vitoriosas de gestão integrada da comunicação e cultura. Nesse sentido, José Màrcio faz coro com a deputada Luiza Erundina, e acredita que esse ‘paradoxo’ só se resolverá com a adoção do que ele chama de medidas radicais. “A questão é que com a dimensão que a cultura alcança, não há motivos para que um governo popular de esquerda continue nos dando as migalhas para administrar”, justificou, acrescentando que quem faz o estado avançar é a sociedade civil.
Aberto o debate, uma serie de demandas forma enumeradas, e rapidamente elencadas na forma de propostas de ações. Entre as mais contundentes estavam as da deputada Luiza Erundina, que também cobrou de forma incisiva a necessidade de um posicionamento político da sociedade civil.“Não aduianta temos o mais perfeito e acabado marco legal, se nãor tivermos força política para implementá-lo. Como lutar por leis e ter força política para exigir que essas leis se traduzam em direitos e conquistas?”, questinou
Nesse sentido, a deputada lançou a proposta de se criar uma Confrência Nacional de Comunicação e Cultura, precedida de encontros estaduais. “Quem sabe saímos daqui com uma proposta bem estruturada e fundamentada para criarmos esse evento”, provocou Erundina.
Ao final do debate, ficou clara a disposição em se articular e implementar ações políticas de mobilização, num processo que passa pela mobilização, organização e conscientização da sociedade.
“É um caminho que teremos que trilher juntos, uma vez que a cultura não é outra coisa a não ser um grande sistema de comunicação, finalizou o professor José Márcio.