Encarregado da missão de finalizar a reforma assim que assumiu o cargo, em janeiro de 2011, Joceli afirma ter aplicado seu estilo pessoal no processo e, desde então, ter cumprido prazos e promessas. “Tão logo chegamos aqui, determinamos a paralisação das atividades e partimos para uma reformulação do modo de trabalho. Concentramos as nossas baterias e atividades em blocos, para que o CIC fosse entregue em módulos à sociedade. E assim temos feito”, alega.
A reforma do CIC foi iniciada em maio de 2009, durante o governo de Luiz Henrique, quando Anita Pires presidia a FCC. De acordo com o que foi divulgado no ato de assinatura da ordem de serviço para a execução dos trabalhos, a primeira etapa da reforma compreenderia uma área de 4.508,81 m2 (ala Sul), com orçamento de R$ 6.466.731,91, e prazo de execução de 240 dias a partir do recebimento da Ordem de Serviço. Nessa etapa estariam inclusas a reforma do Museu de Arte de Santa Catarina, a reforma das Oficinas de Arte, a ampliação dos camarins do Teatro Ademir Rosa, a reforma do hall de entrada, inclusive com novas localizações para as bilheterias do teatro e do cinema, e reforma dos banheiros e dos espaços até então ocupados pelas administrações do CIC e da Fundação Catarinense de Cultura. Além disso, essa primeira etapa previa, também, a reforma da cobertura, de toda a parte elétrica e hidráulica, e da climatização.
Entretanto, desde que as obras foram iniciadas uma serie de problemas foram surgindo (relacionados tanto à gestão dos serviços quanto à estrutura da construção), e sempre serviram como justificativas para a morosidade da obra. No início de 2011, ao assumir a presidência da FCC, Joceli destaca que encontrou uma serie de problemas. “A empresa responsável pela obra é de pequeno porte, e havia 25 colaboradores responsáveis por uma área de quase 5.000 m2, o que corresponde a aproximadamente 200m2 por colaborador. É uma observação simples: quando se trabalha de forma dispersa, o serviço não rende”, defende. Com a nova metodologia de trabalho – concentrar as atividades em blocos -, Joceli alega que os resultados foram aparecendo, sempre com os prazos respeitados.
No último dia útil de 2011 – 30 de dezembro -, com a reabertura da sala de cinema, mais “um bloco” do CIC será entregue á sociedade. No que seria a primeira etapa falta, ainda, o teatro Ademir Rosa, cuja entrega o presidente da FCC garante até e dia 30 de junho de 2012. O orçamento inicial para esta área, que correspondia a praticamente 50% do total do prédio e aproximava-se de R$ 6,5 milhões, já chegou a R$ 9 milhões, ou seja, cerca de R$ 2,5 milhões a mais do que o previsto.
Depois disso, há, ainda, a ala norte, ainda sem projeto finalizado. O antigo Café Matisse, por exemplo, que durante toda a existência do CIC funcionava como ponto de referência e encontro da comunidade artística, deve dar lugar a um novo espaço de convivência. Originalmente o Café ficava no interior do CIC, mas depois da reforma o espaço será transferido para a área externa – onde deve ser construído um deck – e passará por licitação.
O projeto do Museu da Imagem e do Som (MIS) deveria estar finalizado em agosto de 2011, mas existem problemas licitatórios. “São pendengas, coisa normais!”, justifica Joceli. O MIS fica, também, para 2012, mas ainda sem data definida.