Uma cultura que vai além de softwares e códigos


No primeiro dia do 14º Fórum Internacional do Software Livre (Fisl14), os temas dos debates consideraram a cultura livre sob diversos aspectos, com abordagens que trataram sim de software e códigos, mas também de educação, colaboração em rede e  construção multimídia.



O debate sobre o livro “Copyfight” marcou o início da 14ª edição do FISL – Fórum Internacional do Software Livre. As falas mostraram que Muito além do mundo virtual, a defesa pela cultura livre se reflete em questões sociais, inclusive.


 


Em uma palestra concorrida, Nelson Pretto, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), destacou que as mudanças observadas ao redor do mundo são interligadas. “Tudo está mudando e temos visto isso com as manifestações ao redor do mundo, inclusive no Brasil”, disse. Para ele, a educação também passa por momentos importantes de transformação. Essa mudança se deve ao trabalho dedicado do professor. Durante a palestra “Professor: um jeito hacker de ser”, Pretto chamou atenção para a “Ética Hacker”, focada na generosidade. “Precisamos pensar esse processo em todas as áreas. Precisamos de uma sociedade aberta de dados, informações e acessos”, afirmou.


 


Também colocando a educação como base para uma nova sociedade, a mesa “Software Livre na Educação, Comunicação e na Gestão”  promoveu uma interessante socialização das diversas experiências desenvolvidas com uso de tecnologias sociais livres. Das experiências compartilhadas pelos integrantes da mesa destacam-se o uso do Software PRISMA (Programa de Integração Social Marista) principal ferramenta de gestão sobre pessoas e famílias beneficiadas pelo programa social da instituição, a Fábrica de Software, o já conhecido Robótica Educacional, os Telecentros, ABC com Tecnologias Livres, o Projeto Alquímia e a Rádio Conexão Livre.