Por uma mídia livre e sustentável

No segundo dia da Teia das Ações, o debate sobre mídia livre girou em torno da necessidade de sustentabilidade dos projetos e formação de midialivristas, com a presença de pontos de mídia livre de diversas regiões, alcances e linguagens, como o Verde Vida na região do Cariri (CE), que produz documentários e o Quiproquó, que exibe curtas em restaurante popular de Belo Horizonte (MG).

Várias questões anunciavam os desafios pela frente, como a necessidade de pensar a formação além do aspecto técnico, para o enfrentamento dos grandes embates atuais, como a criminalização dos movimentos sociais.

Propostas para ajudar a criar uma rede efetiva entre os pontos de mídia livre foram aparecendo. Fábio Malini (UFES) apresentou sua recente pesquisa com 250 organizações de mídia livre em todo o país e anunciou para o segundo semestre um e-book de experiências e reflexões sobre o tema. Contribuições para o livro serão recebidas até 20 de maio e o processo poderá ser acompanhado por um blogue.

Por outro lado, a criação de uma plataforma onde se possa depositar toda a produção, que hoje está dispersa e que muitas vezes é compartilhada apenas em atividades públicas com esta, foi outra sugestão.

Oportunamente, hoje (27), no espaço da mostra de audiovisual na Teia 2010, será apresentada uma plataforma desenvolvida pela UFRJ, que pode servir para esse fim.

Na discussão sobre como alcançar a tão desejada sustentabilidade que permita usar a verba pública apenas para se estruturar, sem criar uma relação de dependência com o financiamento público, as propostas giraram em torno dos conceitos de economia solidária. Renato Rovai, representando a revista Fórum, colocou a publicação à disposição para trocas.

O resultado dos debates deste e outros conceitos e práticas foi apresentado hoje, na Plenária Final da da Teia de Ações, no Convento da Prainha.

Por Ana Facundes Cobertura Compartilhada