Mais sobre mostra artística: Linha Dura junto ao Cururu e Siriri

Linha Dura ao lado de gestores culturais e mestres da Cultura de Mato Grosso

O Palco Verde, montado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, onde foram realizadas as Mostras Artísticas da Teia 2010 foi pequeno diante a grandiosidade de artistas, talentos, e também oportunidades de divulgação e difusão de produções culturais de Pontos de Cultura de todo o país.

Para os pontos do estado de Mato Grosso, a mostra artística do Ponto de Cultura Pixaim foi um reflexo disso. O rapper Linha Dura teve a oportunidade de tocar ao lado dos mestres do Cururu e Siriri. O encontro já era esperado pelo rapper que pesquisa a música Mato-Grossense, de forma a unir duas grandes representações culturais, o Rap e Siriri e Cururu. Tal encontro já fora planejado algumas vezes, mas só foi possível na Teia 2010.

Para os cururueiros a participação no show de Linha Dura significou mais uma oportunidade de difusão da cultura Mato-grossense. Também participaram dos shows os B.boys da CUFA de Maracanau (CE), de forma que a mostra do Ponto de Cultura Pixaim fosse palco para diversas manifestações artísticas, mas principalmente de difusão da cultura do estado.

Linha Dura no Palco da Teia 2010. Foto Fernanda Quevedo

São manifestações folclóricas típicas das regiões pantaneiras expressadas em versos, passos e seqüências, sendo que o Cururu só pode ser tocado e dançado por homens. Os instrumentos utilizados são a viola de cocho feita com madeira e cordas produzidas com tripas de animais, como o macacos.

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São utilizados também o mocho e o ganzá, que dão um peso ao som. Nenhuma dessas manifestações esta registrada em livros e/ou museus. A tradição é preservada e passada de pais para filhos. Existe forte presença da religiosidade católica entre nas musicas e festas de cururu e siriri.

Texto: Fernanda Quevedo (Cobertura Compartilhada)