Em 2011, ações da FCC foram focadas na reforma do CIC. Mas isso não foi tudo.

Ao assumir a presidência da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), em janeiro de 2011, Joceli de Souza recebeu do governador Raimundo Colombo e do Secretário de Turismo, Cultura e Esporte, César Souza Junior, a missão de concentrar esforços na conclusão da reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC), e entregar, o quanto antes, o equipamento à sociedade.

De acordo com Joceli, essa missão justifica classificar o CIC como a principal ação da FCC durante todo o ano que passou. “Não poderia ser diferente. O CIC é o equipamento que está presente em toda e qualquer conversa que temos quando andamos pelo Estado. A pergunta sempre surge: quando o CIC será entregue à sociedade?”, explica, acrescentando em seguida: “Foi a de maior destaque, mas não a única ação. Tivemos muito trabalho com a reestruturação da própria FCC, com a capacitação de gestores culturais por todo o estado e demos início ao resgate do Sistema Estadual de Bibliotecas e do Sistema Estadual de Museus, que estavam paralisados e agora estão em processo de vitalização”, destaca o presidente da FCC.

Para fazer um balanço de tudo o que foi feito desde que assumiu o cargo, Joceli começa relembrando o que encontrou quando chegou à Fundação. Para ele, foi necessário, primeiramente, parar com todo as atividades de reforma do CIC, dar início a um processo de olhar internamente a Fundação e estabelecer prioridades, imprimindo seu próprio estilo de conduzir a entidade. “Como eu costumo dizer, existem três formas de se fazer as coisas: o certo, o errado e o da gente. Por isso, comecei a concentrar as baterias em blocos de atividades, buscando atender a todas as necessidades verificadas”, afirma Joceli.

No que diz respeito à reforma do CIC, o presidente da FCC explica que a seu ver, no afã de entregar o CIC à sociedade, várias ações foram empreendidas ao mesmo tempo, desviando o foco de ações efetivamente necessárias. “Com isso, concentramos nossas ações em blocos. Começamos primeiro com as salas das oficinas de arte, que foram entregues no final do primeiro trimestre, dentro do prazo que fixamos. Depois passamos a perseguir o objetivo de entregar o MASC – que é um dos três melhores museus do país, com mais de 1750 obras. Apesar dos contratempos, conseguimos finalizar as obras ainda durante o primeiro semestre, e no dia 30 de junho, finalmente entregamos o MASC, totalmente reformado”, comemorou Joceli. (Leia mais sobre a reforma do CIC e a entrega do cinema)

Em relação à estrutura da entidade, Joceli assegura que o aparato administrativo da FCC não estava condizente com as necessidades, além de se verificar carências relacionadas ao patrimônio, como a falta de computadores e mesas, por exemplo. “Já estamos promovendo a compra, em um processo de reequipar a entidade iniciado em 2011”, explica.

Outra ação destacada por Joceli de Souza é relacionada a eventos promovidos pela Fundação Catarinense de Cultura – como o III Fórum Estadual de Museus, de 24 a 26 de outubro,em Chapecó – e de parcerias firmadas com entidades públicas e privadas com o objetivo de promover a capacitação de gestores culturais do estado. “O último deles aconteceu no início do mês de novembro, em Florianópolis, no qual contamos com a parceria do Instituto Itaú Cultural”, destaca.

Para Joceli, essas parcerias e eventos possibilitarão levar a FCC ao interior do Estado, avançando os limites das região da Grande Florianópolis e do litoral. “Afinal, a Fundação é de todos os catarinenses. Para isso, obtivemos a autorização de compra de uma van, e já estamos em processo licitatório”, adiantou.

Nessa direção, aliás, Joceli lembra que para 2012 está previsto um processo de capacitação em cultura digital, com a promoção de oficinas no interior do estado. “Estamos antenados com a realidade atual, e vamos em busca de parceiros que possam colaborar com a difusão dessa filosofia em todas as regiões do estado, promovendo, evidentemente a inserção da sociedade ao meio. Queremos, sim, ser os elementos ativos na difusão da cultura digital, e a ação nessa área começa com as oficinas de capacitação”, adianta.

Além dos investimentos em oficinas e capacitação, Joceli explica que em 2012, o foco da FCC estará concentrado na finalização da reforma do Teatro do CIC (previsto para ser entregue até o final de junho de 2012) e na recuperação de alguns patrimônios da FCC. “Queremos aprofundar o apoio em relação ao patrimônio imaterial. Temos muitos bens tombados que estão verdadeiramente tombando por falta de apoio do poder público”, finaliza o presidente da FCC.